Se você já teve a oportunidade de acompanhar alguma familiar ou amiga no processo de gestação, é natural ter visto o anseio dela pelo nascimento do bebê. Em muitos casos, optando pela cesariana.
Mas por qual motivo elas desejam fazer esse parto? Os motivos são muitos, mas um dos principais deles é o fato de ser um procedimento mais confortável para a mãe, especialmente aquelas que têm medo de sentir dor. Nesses casos, a anestesia se torna uma grande aliada, tornando o parto mais rápido e indolor.
No post de hoje, a Likluc traz para você todas as principais informações sobre o parto cesárea, quando é recomendado fazê-lo, suas vantagens, riscos e como é o processo de recuperação.
Continue a leitura e fique por dentro de tudo!
Parto cesárea: o que é?
O parto cesárea, também conhecido como cesariana, é um dos métodos de nascimento que possibilita a retirada do seu bebê por meio de um corte abdominal.
Durante esse tipo de parto, um corte é realizado acima da púbis, visando garantir a segurança e bem-estar, tanto da mamãe quanto do bebê. Um procedimento que pode ser feito por escolha da mãe — algo que será discutido em detalhes com o médico—, ou recomendação médica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cesariana é recomendada apenas em situações médicas críticas, visando a saúde do bebê e da própria mãe. Caso contrário, a recomendação padrão dos médicos é o parto normal.
Saiba quando é recomendado fazer o parto cesárea
O parto cesárea só é recomendado quando oferece riscos menores que um parto normal. Por se tratar de um procedimento mais agressivo, a indicação médica durante só costuma vir em ocasiões específicas, como:
- Quando há um quadro de placenta baixa: a placenta baixa ocorre quando ela se posiciona mais próxima do colo do útero, podendo trazer algumas complicações durante o parto. Já o cordão umbilical velamentoso significa que ele se insere nas membranas amnióticas antes de chegar à placenta, o que também pode causar certas preocupações;
- Quando o canal de parto apresenta dificuldades para permitir a passagem do bebê: quando a bacia da mãe é um pouco estreita, ou o tamanho do feto maior do que o esperado.
- Por complicações médicas: Se a mãe ou o bebê tem condições médicas que tornam o parto vaginal arriscado, como pressão alta não controlada, diabete descompensado, infecções graves, doenças cardíacas graves, entre outras, uma cesariana pode ser recomendada;
- Posição fetal anormal: Se o bebê não está posicionado corretamente para um parto vaginal (por exemplo, se está em posição de nádega ou transversal), pode ser necessária uma cesariana para garantir um parto seguro;
- Problemas com a placenta: Se a placenta está cobrindo o colo do útero (placenta prévia) ou se houver descolamento prematuro da placenta, uma cesariana é frequentemente recomendada para evitar complicações graves;
- Trabalho de parto não progressivo: Se o trabalho de parto não avança adequadamente e a mãe não dilata o colo do útero o suficiente, uma cesariana pode ser necessária para evitar exaustão da mãe e estresse para o bebê;
- Sofrimento fetal: Se os sinais de estresse fetal, como diminuição dos batimentos cardíacos do bebê, são detectados durante o trabalho de parto, uma cesariana pode ser realizada rapidamente para proteger a saúde do bebê;
- Gravidez múltipla: Em gestações de gêmeos, trigêmeos ou mais, uma cesariana pode ser recomendada devido aos desafios associados ao parto vaginal múltiplo;
- Cirurgias uterinas anteriores: Se uma mulher teve uma cesariana prévia, ela pode optar por uma cesariana eletiva para evitar o risco de ruptura uterina durante o parto vaginal;
- Preferência da mãe: Em algumas situações, uma mãe pode escolher uma cesariana por razões pessoais, embora isso seja geralmente discutido em detalhes com o médico.
Como é feito o parto cesárea?
A cesariana é feita com um pequeno corte acima da púbis da mãe, entre 2 a 3 cm, e finalizando o corte com 10 cm de comprimento. Em seguida, são feitas delicadas aberturas nos tecidos abaixo da pele, como o tecido celular subcutâneo até alcançar o útero.
Antes ou durante a cesariana, a anestesia regional ocorre, assim como pode acontecer no parto normal, com a anestesia epidural ou raqui-anestesia. Em alguns casos específicos, a anestesia geral pode ser necessária.
Na sequência, com uma abertura na transversal, o bebê é retirado da barriga da mãe. Após realizar esse procedimento, é retirada a placenta e costuradas todas as aberturas feitas para chegar ao feto.
Para se aprofundar mais no assunto e conferir detalhes sobre como é o processo de um parto, conheça as principais fases do trabalho de parto
Lembrando não haverá dor durante o parto por conta da anestesia. Tudo o que a mãe sente é um tipo de pressão no fundo da barriga no momento do nascimento do bebê.
Quanto tempo dura o parto cesárea?
A duração de um parto cesárea pode variar muito. Já que fatores como a experiência do cirurgião e a complexidade do caso podem interferir. Mas, de modo geral, ela tende a durar entre 1 e 2 horas, desde a preparação até o nascimento do bebê.
Qual o risco de um parto cesárea?
Os riscos em uma cesariana dependem muito das circunstâncias individuais de cada gestação, mas de modo geral, costumam ser baixos. Especialmente quando comparados com o parto normal.
A cirurgia cesariana é uma intervenção cirúrgica, o que implica riscos associados à cirurgia, como infecções, sangramento excessivo e complicações relacionadas à anestesia.
Recuperação após uma cesariana
A recuperação após uma cesariana geralmente é mais demorada e pode envolver mais desconforto e dor do que após um parto vaginal (normal).
O tempo necessário para a recuperação completa após uma cesariana pode variar significativamente de uma mulher para outra. Vários fatores influenciam o período de recuperação, incluindo a saúde geral da mãe, a presença de complicações durante a cirurgia, o cuidado pós-operatório e o suporte que ela recebe.
No entanto, é possível fornecer uma estimativa geral do tempo que muitas mulheres levam para se recuperar após uma cesariana:
- Hospitalização inicial: Após uma cesariana, a maioria das mulheres permanece no hospital por cerca de 2 a 4 dias, dependendo das circunstâncias individuais. Durante esse tempo, a equipe médica monitorará sua saúde e a recuperação da cirurgia;
- Primeira semana em casa: Nos primeiros dias após a alta hospitalar, a mãe pode continuar a sentir dor e desconforto na área da incisão. Ela deve seguir as orientações médicas sobre o uso de analgésicos e repouso. As atividades serão limitadas, e levantar objetos pesados e atividades extenuantes devem ser evitados;
- Duas a quatro semanas: Durante as primeiras semanas em casa, a mulher geralmente precisa evitar exercícios intensos e atividades que envolvam esforço físico significativo. A incisão começará a cicatrizar, mas ainda pode ser sensível;
- Seis semanas a três meses: A maioria das mulheres pode começar a retomar gradualmente suas atividades normais após cerca de seis semanas, mas atividades mais intensas e exercícios vigorosos podem levar mais tempo para serem retomados com segurança. A incisão deve estar totalmente cicatrizada nesse ponto.
Cicatriz após a cesariana
Não poderíamos de deixar de falar da cicatriz após a cesariana, preocupação para muitas mães. A cicatriz é resultado da pequena incisão na pele, e tem em torno de 2 a 3 cm. Ela fica localizada na púbis, acima da sínfise pública. A sua extensão pode alcançar até 10 cm de comprimento.
Para promover a cicatrização adequada e minimizar o risco de complicações, é importante que você:
- Lave com cuidado;
- Mantenha a pele limpa e seca;
- Evite esfregar ou coçar;
- Hidrate a pele;
- Mantenha a cicatriz coberta;
- Evite exposição ao sol;
- Evite atividades físicas intensas;
- Siga as orientações médicas.
O que não pode fazer depois do parto cesárea?
Após uma cesariana, é importante seguir as orientações médicas específicas para promover a recuperação adequada e evitar complicações. Mas, de modo geral, aqui vi uma lista do que normalmente deve ser evitado:
- Exercício intenso;
- Levantamento de objetos pesados;
- Ter relações sexuais nas primeiras semanas;
- Dirigir (pode ser desconfortável e pode atrapalhar a cicatrização);
- Consumir álcool e tabaco;
Lembre-se que o período de recuperação após uma cesariana pode variar de pessoa para pessoa, e as orientações específicas podem depender de fatores individuais, como a complexidade da cirurgia e a saúde geral da mãe.
Conheça as vantagens e desvantagens do parto cesárea
Da mesma forma que existem vantagens na cesariana, há também as desvantagens. Abaixo, listamos as principais vantagens e desvantagens:
Vantagens
- Salva a vida da mãe e do bebê em quadros críticos;
- Permite agendar a data e a hora do nascimento do bebê;
- Tempo de duração mais rápido que parto vaginal;
- Procedimento indolor;
- Reduz o estresse da mãe.
Desvantagens
- Recuperação pós-parto mais lenta;
- Pode gerar complicações futuras;
- Irá gerar uma cicatriz.
Afinal, posso escolher fazer ou não uma cesariana?
Com a exeção de quadros de risco, as mulheres sempre tem o direito de decidir se querem ou não realizar o procedimento o parto cesária. E para a tomada dessa decisão é importante que as informações estejam claras e atualizadas, dadas por profissionais de confiança, diminuindo, assim, qualquer risco.
Em um período tão especial como a gravidez, especialmente nos últimos meses, é fundamental que as mães estejam bem informadas e considerem cuidadosamente todas as opções para garantir um parto tranquilo, preservando tanto a sua própria saúde quanto a do bebê que estão esperando!
Comparando o parto vaginal (normal) com oparto cesárea, não é correto dizer que um método seja categoricamente mais seguro do que o outro, pois ambos têm vantagens e desvantagens, e a escolha entre eles deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para a mãe e o bebê.
Mas saiba que essas não são as únicas opções. Caso esteja em busca de alternativas para o nascimento do bebê fora do ambiente hospitalar, convidamos você a conferir o nosso post que fala sobre parto humanizado.
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Até a próxima!
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