Quando uma mamãe olha para o rostinho do seu recém-nascido, cada detalhe é um mundo novo de descobertas. Mas, e quando ela percebe algo inesperado, como dedinhos a mais nas mãos ou nos pés do bebê? Esse é um dos momentos em que ter as informações sobre o assunto faz a diferença.
Essa condição pode gerar muitas dúvidas e preocupações, mas entender o que é polidactilia é o primeiro passo para agir com segurança e carinho. Entenda os detalhes sobre o assunto!
O que é polidactilia e como ela afeta o bebê?
A polidactilia é uma condição congênita caracterizada pela aparição de um ou mais dedos extras nos pés ou nas mãos do bebê. Esses dedinhos podem variar muito em tamanho e forma: em alguns casos, são completamente formados, em outros, são apenas pequenas protuberâncias de tecido. Ou seja, nesse dedo extra pode haver ossos e articulações ou não.
O impacto da polidactilia na vida do bebê depende do tipo e da localização dos dedos extras. Em muitos casos, não há comprometimento funcional, e a principal questão envolvida é estética. Em outros, pode ser necessário intervir para garantir que o desenvolvimento motor não seja afetado. O importante é saber que há tratamentos seguros e eficazes.
Se você descobriu a polidactilia e o que é essa condição durante a gravidez, aproveite para saber mais sobre a exterogestação e a importância dos primeiros meses do seu bebê.
Quais são as causas da polidactilia?
A polidactilia geralmente está ligada a fatores genéticos. Muitas vezes, é uma característica herdada de algum familiar, ainda que nem sempre seja identificada com facilidade. O pé ou a mão com seis dedos também pode ocorrer devido a alterações espontâneas durante a formação do embrião.
Outros fatores menos comuns, como exposição a substâncias químicas ou alterações genéticas sem origem hereditária, também podem estar envolvidos. Entender a causa é importante para determinar o tratamento e oferecer um prognóstico mais seguro.
Polidactilia hereditária: como os genes influenciam a condição?
Quando a polidactilia é hereditária, significa que um ou ambos os pais podem carregar o gene responsável, mesmo que não manifestem a condição fisicamente. O que significa que basta um dos pais transmitir o gene para que o bebê apresente o traço. Outro detalhe hereditário que podemos observar nos bebês é a cor dos olhos e como ela muda com o crescimento da criança.
Esse tipo de polidactilia tende a ser isolada, sem associação com outras síndromes ou alterações. Geralmente, o tratamento é simples e traz ótimos resultados para a criança.
Polidactilia isolada vs. polidactilia associada a outras condições
A polidactilia isolada é quando o bebê apresenta apenas os dedos extras, sem outras alterações de saúde. É o caso mais comum e, muitas vezes, o menos preocupante em termos de prognóstico.
Já a polidactilia associada pode indicar a presença de síndromes genéticas mais complexas, como a síndrome de Bardet-Biedl ou a síndrome de Greig. Nestes casos, é fundamental realizar uma avaliação genética detalhada.
Como identificar os sintomas da polidactilia no bebê?
A identificação da polidactilia é relativamente simples: o sinal mais evidente é a presença de um dedo a mais nas mãos ou nos pés do bebê. Pode acontecer de ser mais de um dedo extra, e esses dedos podem estar completamente formados ou serem apenas pequenos nódulos de tecido.
Muitas vezes, a polidactilia é notada ainda na sala de parto, logo após o nascimento. Em alguns casos, quando a formação é mais discreta, o diagnóstico pode demorar algumas semanas.
Para deixar o seu neném mais seguro e confortável desde o nascimento, aprenda qual é a melhor posição para o bebê dormir e evite deixá-lo de bruços.
Quando procurar ajuda médica para polidactilia?
Os pais devem buscar ajuda médica assim que notarem a presença dos dedos extras. Mesmo que não pareça haver impacto funcional imediato, a avaliação de um pediatra ou especialista é essencial para orientar os próximos passos. Dessa fora, será possível ter o acompanhamento adequado e, se necessário, o agendamento de exames ou procedimentos corretivos.
Como é feito o diagnóstico da polidactilia?
O diagnóstico inicial é clínico, baseado na observação física do bebê. Em casos de dúvida ou para investigações mais detalhadas, exames de imagem como raio-x ajudam a entender melhor a estrutura óssea dos dedos extras.
Em situações onde existe suspeita de alguma síndrome associada, alguns exames podem ser solicitados na gestação, como exames genéticos, ultrassom morfológico ou ultrassom transvaginal nas últimas semanas da gestação. Além disso, confira quais são os exames feitos no recém-nascido para não esquecer de nenhum.
Quais são os tratamentos disponíveis para a polidactilia?
O tratamento para polidactilia varia conforme a complexidade do caso. Em situações simples, a remoção cirúrgica do dedo extra é o procedimento mais comum. Em casos mais complexos, pode ser necessária uma reconstrução maior. O importante é que o tratamento é altamente eficaz e pensado para garantir a melhor funcionalidade e a estética das mãozinhas e pezinhos do bebê.
Cirurgia de polidactilia em bebês: quando é necessária?
A cirurgia é recomendada principalmente quando o dedo extra atrapalha a função da mão ou do pé, ou quando há riscos de futuros problemas ortopédicos. Mesmo em casos onde o problema é apenas estético, muitos pais optam pela cirurgia para evitar dificuldades emocionais no futuro.
O procedimento geralmente é realizado até os 2 anos, antes que comece a usar as mãos ou pés de forma mais intensa. Pessoas adultas que não fizeram essa cirurgia podem passar pelo procedimento.
A importância do acompanhamento médico após a cirurgia
Depois da cirurgia, o acompanhamento médico é fundamental para garantir a cicatrização adequada e o desenvolvimento normal da função motora. Consultas regulares permitem que os especialistas monitorem a recuperação e orientem os pais sobre cuidados específicos, como fisioterapia, se necessário.
Polidactilia tem algum impacto no desenvolvimento do bebê?
Geralmente, a polidactilia não compromete o desenvolvimento motor do bebê, nem causa dor. No entanto, pode causar problemas ortopédicos futuramente.
O impacto maior pode ser emocional, especialmente se a condição não for tratada e houver discriminação por parte de outras crianças. Por isso, tratar a polidactilia também é um gesto de cuidado e proteção emocional para o futuro do pequeno. Após o tratamento adequado, as crianças tendem a se desenvolver normalmente, tanto em habilidades motoras quanto cognitivas.
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