Conhecido como um ato de violência, que segundo o Ministério da Educação pode ser psicológica ou física, o bullying é feito regularmente e com plena intenção de ferir ou rebaixar o outro.
Em casos de bullying, a criança agredida demonstra diferentes sintomas em casa e na escola. Uma preocupação muito grande dos pais, que se esforçam para não deixar uma situação delicada como essa passar despercebida.
Na escola, alunos que sofrem com o problema podem ter uma modificação comportamental drástica ao começarem a se distanciar, até mesmo de pessoas mais próximas, por sentirem medo.
As crianças mais tímidas e retraídas são as que mais sofrem. Elas não conseguem se expressar adequadamente e, por sentirem medo que aquilo piore, permanecem caladas para evitar que a situação evolua.
Pensando no assunto, com muito cuidado, reunimos algumas dicas para auxiliar na identificação de casos de bullying que o seu filho possa estar sofrendo nos lugares que frequenta. Confira!
7 Sinais do bullying
Segundo um levantamento feito pela ONU, em 18 países cerca de 29% a 46% de crianças e adolescentes sofrem com a prática de bullying e precisam da ajuda dos adultos, mesmo que evitem falar a respeito do problema.
Ainda conforme a Organização das Nações Unidas, cada criança apresenta sintomas específicos ao sofrer bullying, como a reclusão e o nervosismo de pensar na escola e em tudo o que aquele ambiente significa.
Considerando isso, confira alguns sinais que podem indicar que uma criança está sofrendo bullying:
1. Mudanças de comportamento repentinas
Um dos principais e mais perceptíveis sinais de bullying é a alteração comportamental da criança inesperadamente. Quando a agressão se torna recorrente, é normal surgir uma necessidade de isolamento e o desejo frequente de passar despercebido por todas as pessoas.
O quarto é o ambiente mais seguro para a criança, que pode permanecer horas sozinha no cômodo lendo, jogando ou apenas lidando com os próprios pensamentos e sentimentos.
Ao perceber que seu filho está mais solitário que o habitual, especialmente em um período de adaptação escolar, sente com ele para conversar, aos poucos, sem pressa, até que ele queira se abrir e explicar o que acontece.
2. Desinteresse por atividades escolares
O desinteresse em frequentar a escola causa notas baixas e faltas frequentes culminam em uma possível reprovação. O aluno não se sente mais à vontade para estar naquele espaço, onde é rodeado de tantos colegas que praticam bullying constantemente.
Mesmo que seu filho vá ao colégio, as notas podem cair integralmente pela falta de concentração, inquietude, ansiedade e nervosismo. Portanto, observe os cadernos da criança, veja se os deveres estão sendo feitos, se existem dificuldades inexplicáveis e acompanhe bimestralmente as notas.
3. Problemas de saúde recorrentes
Devido ao estresse constante, seu filho pode apresentar sintomas de dores de cabeça regulares, bem como problemas de estômago. Uma das causas de ambos sintomas é a ansiedade, responsável por deixá-lo agitado enquanto cria diversos cenários na cabeça devido ao medo constante.
Além disso, podem surgir alterações no apetite, como o desinteresse pela comida ou, a alimentação em excesso. Ambos problemas merecem plena atenção de sua parte, principalmente quando o normal é vê-lo comendo bem, mas sem abundância ou falta de fome.
4. Isolamento social e dificuldades nas relações
Para crianças que brincavam, riam e se divertiam com os amigos, estar isolada e falando pouco é um dos sintomas do bullying que precisa de atenção. Afinal, o aluno deixa de fazer o que gostava, evita conversar e começa a ficar mais isolado dos demais, procurando se manter protegido perto de adultos, como professores e auxiliares do colégio.
A melhor forma de identificar o problema é pedir que os professores observem a criança e te informem sobre qualquer anormalidade. Assim, você sabe se ela quis brincar, fez os deveres ou se manteve distante, distraída e acuada perto dos adultos para se manter seguro dos agressores.
5. Pertences danificados ou desaparecidos
Após o retorno da escola, verifique se os pertences do seu filho estão organizados ou faltando na mochila. A perda de itens não é normal e pode ser proveniente de furto por parte de outros alunos que praticam o bullying frequentemente.
O mais indicado a fazer é sentar e conversar, fazer perguntas e dar abertura para deixá-lo falar sobre como se sente e o que acontece em sala de aula.
Se você não sabe o que fazer quando seu filho sofre agressão na escola, recomendamos que converse com a diretoria. Explique o que ocorre e peça providências imediatas porque o colégio precisa ser um local seguro, confortável e de respeito entre os alunos.
6. Expressões verbais ou físicas de sofrimento
A vontade constante de chorar ou as expressões faciais de angústia, medo e distanciamento surgem quando chega o momento de frequentar a escola? Isto pode significar que existe um problema real acontecendo, especialmente se o seu filho costumava aproveitar e se entusiasmar com as atividades da escola.
Conversar com a criança e tentar tranquilizá-la abre portas para fazê-la se sentir mais segura. Você é a pessoa que ela mais confia e precisa demonstrar que ela estará segura ao contar o que está acontecendo e que nada de ruim acontecerá.
7. Baixa autoestima e autocrítica excessiva
Dentre os sintomas mais costumeiros observados em uma vítima de bullying se encontra a baixa autoestima. Com ela a criança desconfia de tudo o que faz, não se sente inteligente e acredita que é incompetente.
A autocrítica é mais uma característica que precisa ser analisada de maneira adequada e com muita frequência, pois ao ter este cuidado, você encontra formas de ajudá-la a se sentir melhor.
Publicamos aqui no blog um conteúdo completo com dicas para desenvolver a autoestima infantil desde cedo, um processo importantíssimo para a geração que nasceu no auge das tecnologias e da internet.
Ainda assim, aqui vão algumas dicas práticas;
- Estimule a criança fazer o que gosta, faça elogios;
- Demonstre dificuldade para fazer uma tarefa que a criança adora fazer, e peça para te ensinar ou ajudar. Elogie ao dizer: você é ótimo nisso, eu não sabia como fazer;
- Deixe que a criança cometa erros e mostre que está tudo bem em errar. Estimule ela a se empoderar e tentar;
- Mostre respeito e valorize o esforço da criança;
- Ensine à criança algumas palavras de afirmação e reserve um tempo para ela se olhar no espelho e repetir todos os dias. Vocês podem fazer este exercício juntos.
Instigue a criança a fazer o que gosta, desde as atividades até as brincadeiras. Explique a importância de ela acreditar em si, no que faz e no que sente prazer em realizar ao longo do dia. Palavras desmotivadoras devem ser ignoradas.
Como lidar com o problema do bullying?
Nem sempre sabemos exatamente o que fazer em casos de bullying, porque se trata de crianças em processo de formação psicológica. Neste ponto, devemos ser resilientes, pacientes e mostrar empatia ao lidar com o problema.
Converse com seu filho e procure entender o que ocorre em sala de aula, deixe-o falar o que sente, no tempo que ele considera melhor. Crie um ambiente seguro para que ele possa explicar o que acontece no colégio, quando começou e quem são os responsáveis.
Na diretoria converse com o coordenador para chegarem juntos na melhor solução para lidar com bullying e de que forma combatê-lo assertivamente.
Gostou do conteúdo? Converse conosco nos comentários e continue navegando pelo blog para obter mais informações relevantes que podem auxiliar no processo de criação.
Nos vemos no próximo post!
A Likluc é uma marca pioneira em produtos para saúde e higiene infantil. Nosso propósito é estar presente na vida das famílias desde o nascimento até o crescimento dos pequenos, com produtos essenciais e inovadores para deixar a rotina de cuidados com bebês e crianças mais prática e eficiente!