Você já percebeu que, de vez em quando, sua criança confunde as cores? Seja manuseando os brinquedos ou assistindo algum desenho animado? Às vezes isso pode ser apenas uma pequena confusão, mas também pode se tratar de daltonismo infantil.
Conseguir identificar o daltonismo logo na infância pode ajudar a criança a conviver melhor com a situação. Ter o diagnóstico de maneira precoce ajuda também a desenvolver estratégias e alternativas para a realização de tarefas do dia a dia e principalmente na escola, segundo o Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da UFMG.
Pensando nisso, a Likluc resolveu trazer esse post para você entender melhor sobre o que é realmente o daltonismo, quais as formas de fazer o teste e identificar, além de conhecer os tipos existentes e dúvidas pertinentes sobre a situação. Continue a leitura e confira tudo logo abaixo!
O que é daltonismo?
O daltonismo é uma condição visual hereditária que afeta a capacidade de uma criança — ou adulto — de distinguir as cores da maneira adequada. Isso ocorre devido a uma alteração genética que afeta os cones da retina, sendo as células responsáveis pela percepção das cores.
A principal característica do daltonismo é a diferenciação de certas cores, principalmente entre o vermelho e o verde. O daltonismo infantil, geralmente, vem desde o nascimento, herdado dos pais e aparece logo nos primeiros anos de vida.
Os pais podem identificar o daltonismo quando a criança tem dificuldade em aprender as cores, confusão durante os desenhos animados, dificuldade em entender as figuras durante uma leitura de incentivo, entre outras atividades.
Além disso, existem também testes que podem ajudar os pais a identificar o daltonismo, mas o melhor a se fazer, caso seja notada essa dificuldade no aprendizado das cores, é levar a criança a uma consulta de oftalmologista, que irá fazer uma avaliação mais detalhada do caso.
Como fazer o teste de daltonismo infantil?
Depois da suspeita, você pode fazer alguns testes para poder identificar o daltonismo. Esses testes são diferentes do teste do olhinho, que é feito logo quando o bebê nasce e anualmente até a criança completar 5 anos. Os testes são:
1. Teste de Ishiara
Este é um dos testes de daltonismo infantil mais utilizados e recomendados a se fazer em crianças acima de 7 anos. O teste é feito somente com a orientação de um oftalmologista e consiste na identificação de números dentro de imagens coloridas em cartões.
Existem versões alternativas do teste em que ao invés de números, são animais específicos ou objetos, já podendo ser identificado em crianças a partir de 4 anos.
2. Teste de tonalidade Farnsworth-Munsell 100
O teste de Farnsworth é levemente mais preciso que o teste de Ishiara. Esse teste consiste em uma caixa, parecida com uma caixa sensorial, ou então um conjunto de fichas coloridas. As fichas são organizadas com uma ordem aparentemente aleatória.
A criança deve então organizar a ficha em uma sequência lógica de cores, em que cada uma deve passar de uma extremidade da caixa para outra de maneira suave e consistente. A criança com daltonismo, terá mais dificuldade em realizar esse teste.
3. Teste de lãs de Holmgrem
Semelhante ao teste de Farnsworth, aqui a criança terá de separar fios de lã, em que cada fio terá uma cor ou tonalidade diferente. Assim, a criança precisa organizar os fios na ordem em que o médico que conduz o exame sinalizar.
4. Eletroretinografia
Por último, temos a eletrorretinografia que, na verdade, não é um teste, mas sim um exame. Aqui o oftalmologista irá verificar a resposta elétrica do olho, estimulados por meio de raios luminosos projetados em sua direção.
O exame é totalmente indolor e não invasivo, o que ajuda a coletar melhor as informações e aos médicos entenderem melhor a saúde ocular da criança.
Quais são os tipos de daltonismo que existem?
Existem três tipos de daltonismo, sendo o monocromático, dicromático e o tri cromático.
O primeiro deles, o monocromático, é quando a criança enxerga apenas cores em tons de preto, cinza e branco. Mas esse é um tipo raro de daltonismo, tornando baixas as chances de diagnóstico.
Para o dicromático, a criança enxerga apenas duas das três cores primárias (azul, vermelho e amarelo). E por último, temos o tricromático, que é quando existe dificuldade em diferenciar as cores e as mais afetadas são o azul, vermelho, verde e suas tonalidades.
Dentro do dicromático e tricromático existem outras subcategorias de daltonismo, que são elas:
- Deuteranopia: a criança tem mais dificuldade em distinguir o verde e, às vezes, pode haver uma confusão entre vermelho e o verde;
- Protanopia: aqui não se enxerga o vermelho e há uma dificuldade em enxergar o verde;
- Tritanopia: a criança não consegue distinguir entre o azul e o amarelo, porém esse é mais raro.
Existe tratamento para daltonismo infantil?
Não existe um tratamento para que o daltonismo melhore ao longo dos anos. O que é feito é o uso de lentes de contato ou óculos especiais que podem ser usados em ocasiões específicas, ajudando a distinguir algumas tonalidades de cores.
Como se adaptar com o daltonismo infantil na escola?
É importante que tanto os pais quanto o núcleo educacional da escola compreendam as necessidades especiais da criança e planejem uma estratégia para que o aprendizado não seja diferente dos outros alunos. Dessa forma, a criança consegue acompanhar o ritmo da sala e ter uma educação positiva.
O daltonismo infantil é diagnosticado apenas em crianças mais velhas, já que elas conseguem colaborar melhor com os testes, como o de identificação das imagens. Mas é importante que você, mãe e pai, acompanhem desde cedo o aprendizado da criança em relação às cores e como ela se comporta diante delas.
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Dra. Thais Chaves
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Para quem não me conhece, muito prazer, sou a Dra. Thais Chaves! Se você está aqui buscando mais informações sobre gravidez maternidade e desenvolvimento infantil, talvez já tenha me visto por aí nas redes sociais, principalmente no meu instagram, o @pediatra mae.
Como o nome já diz, eu passo o dia tentando conciliar (e às vezes nem consigo) a vida de pediatra e de Mãe do Henri. No âmbito profissional estou atuando há mais de 12 anos diretamente com famílias em consultório e busco me manter sempre atualizada sobre tudo que envolve a pediatria.
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