O fato de uma criança passar por diferentes fases na infância não é uma novidade. A dificuldade é saber lidar com cada uma das mudanças. Na lista de ciclos mais difíceis, estão os dois terríveis ou “terrible two”, etapa que começa a partir do segundo ano de vida dos pequenos.
Essa fase é marcada por birras e a presença da palavra “não”, não à toa, essa é conhecida como a primeira adolescência. Você está passando por algo parecido e não sabe como enfrentar as dificuldades? Compartilhamos dicas para facilitar o período, além da definição do termo.
Continue a leitura e confira!
O que é a fase do “terrível dois”?
Apesar de ser chamada de irritabilidade infantil dos dois anos, a fase pode começar na metade do primeiro ano de vida. Ela é caracterizada pela mudança de comportamento de uma criança com essa idade.
Isso ocorre porque esse é o momento em que o bebê entende que possui desejos. Consequentemente, ele compreende que é um indivíduo capaz de tomar as próprias decisões.
A questão é que estamos falando de uma pessoa que ainda está descobrindo o mundo, ou seja, ela não sabe ser contrariada ou lidar com as próprias emoções. Em razão disso, é normal que os pequenos chorem e gritem sempre que escutarem um “não”.
Sabemos o quanto é desgastante lidar com isso, mas adiantamos que o período não está relacionado com a educação oferecida por você. Portanto, não se culpe pelas irritações e lágrimas derramadas sem motivo.
Quais são os sintomas dos terríveis dois?
Além da irritabilidade, a adolescência dos dois anos é cercada por outros comportamentos desafiadores. Dentre os principais, estão:
- A criança chora sempre que é contrariada;
- O uso da palavra “não” passa a fazer parte da rotina, mesmo em situações consideradas agradáveis;
- Obedecer ordens pode ser quase impossível, pois a criança faz questão de se opor aos pedidos dos pais;
- As lágrimas passam a ser mais presentes e podem mostrar desconforto, mágoa ou frustração;
- Apesar da pouca idade, o senso de independência toma conta e os pequenos se sentem capazes de tomarem as próprias decisões.
Esses sintomas mostram a descoberta da autonomia. É nesse ciclo que uma pessoa compreende sobre limites e que cada ação tem uma consequência, podendo ser positiva ou negativa. Então, mesmo que seja desconfortável, passar por tudo isso é de extrema importância e fará toda a diferença para os próximos estágios de desenvolvimento.
Como lidar com o terrible two? 13 dicas para enfrentar a fase
Infelizmente, não há um truque que faça os dois terríveis anos durarem apenas um dia. A boa notícia é que existem dicas para tornar o período menos desgastante. Para te ajudar, listamos a seguir quais são elas. Aproveite!
1. Mantenha a rotina organizada
Assim como é necessário organizar a rotina doméstica com um bebê, também é preciso manter o dia a dia arrumado durante a primeira adolescência dos pequenos. Quando a criança tem hora para dormir, comer, brincar e realizar outras atividades, a agitação e irritabilidade tendem a ficarem menores.
Para isso, recomendamos que crie um cronograma semanal. Em relação à alimentação, sempre leve na bolsa lanchinhos saudáveis, como frutas. Assim, independentemente do lugar, as refeições nutritivas não deixam de acontecer.
2. Defina limites
O terrible two é o momento ideal para ensinar a criança sobre regras e limites. No momento de criá-las, considere a capacidade de entendimento que o bebê possui, ou seja, priorize alternativas simples.
Quando for falar sobre elas, mantenha uma explicação didática e de fácil compreensão, afinal, para conseguir colocar em ação, os pequenos devem entendê-las. Para completar, lembre-se de explicar que toda escolha tem uma consequência. Por exemplo, se a criança decide subir em uma cadeira, ela pode cair e se machucar.
3. Converse sempre de forma calma
Seja na infância, adolescência ou fase adulta, conversar sempre será a melhor opção. Por isso, mesmo quando a criança fizer algo errado, converse com ela sobre a situação e explique porque aquilo não pode ser feito de determinada forma.
Entendemos que gritar é uma reação instintiva em situações difíceis como essa, mas nesse caso, aumentar o tom de voz não tem um efeito positivo na grande maioria das vezes. Trate seu filho como uma pessoa que está aprendendo. Para lidar melhor com as próprias emoções ele precisa de explicações, justificativas e alternativas.
4. Priorize uma linguagem fácil de entender
Para uma conversa ser efetiva, a linguagem precisa ser simples e clara. Quando for falar sobre algo, use palavras fáceis e tenha paciência, pois pode haver distrações da parte da criança durante a conversa. Se você perceber que não está com tanta paciência naquele momento, acalme-se antes e deixe o diálogo para mais tarde.
5. Ofereça alternativas para a criança escolher
Compartilhar alternativas na tomada de decisão é a melhor forma de evitar os “nãos” da adolescência do segundo ano. Na prática, isso significa que ao invés de perguntar se a criança deseja uma fruta, você pode perguntar se ela quer comer morangos ou uvas.
Esse truque pode ser usado em todos os momentos, como a hora de tomar banho. Basta chegar no bebê e dizer que a hora da ducha chegou. Se ele falar não, diga que vai preparar o banheiro e daqui a dez minutos volta. Se a criança ainda for resistente, dê duas opções de brinquedo para levar para o banho.
Pode parecer algo insignificante, mas a criança terá a sensação que ganhou mais tempo, ou a chance de escolha, e consequentemente, aceitará melhor a situação.
6. Leve as consequências adiante
Para os pequenos compreenderem os efeitos das próprias ações, as consequências não podem ser esquecidas. A partir do momento que você define um castigo, levá-lo até o fim é crucial. Uma dica é criar consequências adequadas com o erro. Ah, e não estamos falando de aplicações físicas, ok? A violência não é e nunca será o melhor caminho.
7. Crie soluções antecipadas
Alguns problemas são previsíveis e podem ser resolvidos com antecedência. A criança gosta de escolher a roupa que vai usar? Então, tirar um momento antes de dormir para definir qual será o look do próximo dia é a melhor alternativa. Dessa forma, é possível evitar uma futura irritação e ainda garantir o bem-estar mútuo.
Se no outro dia as peças escolhidas não forem mais as preferidas, fale que elas foram escolhidas por ela e, por terem pouco tempo, só é possível trocar se ela se comprometer a fazer mudanças rápidas.
8. Deixe a criança brincar
Além de ser uma excelente forma para estimular a criatividade infantil, a brincadeira garante que os pequenos gastem energia e desenvolvam habilidades sociais, como fazer amigos e trabalhar em equipe. Portanto, inclua na rotina períodos de interação.
Para incentivar as relações com outras crianças, você pode levar o bebê em parques, áreas de recreação ou preparar uma tarde de atividades na sua casa.
9. Tente manter a paciência
Como falamos durante o conteúdo, manter a calma durante a fase do terrible two é indispensável. Isso porque, perder a paciência não muda o ou torna o processo mais simples. Pelo contrário, vai te desgastar ainda mais diante da situação.
10. Compreenda o tempo de adaptação da criança
Diante de mudanças, todas as pessoas têm um tempo próprio de adaptação, e não seria diferente com os pequenos. Sendo assim, quando ocorrerem alterações na rotina, tente olhar a situação com carinho e respeitar os desafios impostos pelo período.
Por exemplo, ao mudar de escola, é normal o bebê sentir insegurança e ser resistente ao novo ambiente. Inclusive, compartilhamos dicas para ajudar as crianças na adaptação escolar. Acesse e confira!
11. Ofereça afeto e atenção
O afeto e a atenção são cruciais para o desenvolvimento da autoestima infantil. Por mais difícil que seja, não deixe de compartilhar abraços, elogios e muito amor. Essas demonstrações de carinho fazem toda a diferença e permitem que os pequenos tenham a certeza do quanto são amados.
O resultado são crianças mais tranquilas e seguras, afinal, elas sabem que tem um colo acolhedor as esperando em ocasiões desafiadoras.
12. Seja exemplo
Os pais são inspirações para os filhos, por isso coloque em ação tudo aquilo que diz ser certo. Por exemplo, quando algo não sair conforme o esperado, controle as emoções e mostre que nem sempre tudo sai como o desejado. Além disso, evite brigas na frente dos pequenos, priorizando as interações positivas e construtivas.
13. Entenda que a culpa não é sua
Em uma situação dessas, é totalmente normal sentir que a culpa é sua ou que errou em algum ponto da educação. Porém, a verdade é que inúmeras mães estão passando pela mesma situação. Colocar em prática o autocuidado materno é indispensável, afinal, antes de cuidar bem do outro, é necessário cuidar de si mesma.
Lembre-se que enquanto ensina seu filho sobre a vida, você também está aprendendo a ser mãe.
A partir de qual momento o terrible two pode ser um problema?
Os terríveis dois anos merecem atenção quando eles afastam a criança de interações sociais e da própria família. Caso tenha dúvida se é ou não o momento de buscar ajuda, indicamos que fale com o pediatra sobre o assunto.
Quando o terrible two acaba?
Geralmente, a irritabilidade infantil dos dois anos termina com a chegada dos três anos, idade em que se inicia a famosa fase dos porquês. Vale lembrar que cada criança é única, ou seja, o período pode ser finalizado antes ou após essa estimativa.
Esperamos que tenha compreendido melhor o que é terrible two e como lidar com o ciclo. Se precisar de ajudar ou quiser a resposta para outras perguntas relacionadas ao assunto, compartilhe nos comentários. Estamos aqui para sanar suas dúvidas e ser parte da sua rede de apoio.
Até o próximo conteúdo! ❤️

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