Algumas mulheres podem apresentar queixas a respeito da abundância de leite materno e isso, primeiramente, não é um disparate. Produzir leite excessivamente pode ser tão ruim quanto uma produção reduzida, o que pode afetar seriamente a saúde da dupla mãe-bebê.
Por isso, é imprescindível estar atenta aos sinais e reportá-los a um médico e, caso faça uso, à sua consultora de amamentação. Afinal, a hiperlactação, quando não cuidada, torna-se um problema grave.
Sabemos que se tornar mãe é uma tarefa árdua — embora também prazerosa — e são diversas as dificuldades na maternidade, mas esperamos que a amamentação não seja uma delas. Devido a isso, preparamos esse conteúdo com as principais dúvidas a respeito da produção em excesso do leite materno. Confira:
O que é hiperlactação?
Conforme o nome sugere, a hiperlactação é o aumento da produção de leite em mulheres lactantes. Isso ocorre porque há excesso da liberação da prolactina, hormônio responsável pela produção do leite.
É preciso se atentar ao fato de que, nos primeiros dois meses de vida do bebê, as mães costumam produzir mais leite que demanda a criança. É também durante esse período que começa a haver uma certa equiparação entre a necessidade do bebê e a produção de leite materno.
No entanto, em alguns casos, essa proporcionalidade não acontece e a lactante continua produzindo muito mais leite do que deveria. Sendo assim, de forma sucinta, o que causa a hiperlactação é o excesso da prolactina, mas nem sempre esse hormônio é produzido espontaneamente, o estímulos excessivos e a ingestão de antidepressivos, por exemplo, podem causar a hiperlactação.
Quais os sintomas da hiperlactação?
Você tem aquela sensação de que seu bebê mama pouco e sempre sobra leite nas mamas? A criança empurra seu peito durante a mamada? Isso são só alguns sinais de hiperlactação, existem muitos outros!
Durante a fase aleitamento, as mães se deparam com novidades únicas, como a dor na amamentação, outros desconfortos e alegrias inúmeras. Se você desconfia que produz mais leite do que deveria, informe isso imediatamente ao médico e esteja atenta aos seguintes sinais:
- Seio muito cheio e pesado;
- Desconforto durante e depois da amamentação;
- Ingurgitamento mamário;
- O bebê parece “brigar” com o peito durante a mamada;
- Engasgos no começo da mamada devido a pressão do leite;
- Vômito recorrente da criança;
- Aumento de chances de mastite;
- Vazamento de leite após os dois meses de aleitamento.
É importantíssimo ressaltar que algumas mulheres não apresentarão sinais físicos evidentes de hiperlactação, por isso, é essencial estar atenta a todos os sintomas e comentá-los com o médico, dado que só um especialista poderá te orientar de maneira apropriada.
Quais os riscos da hiperlactação?
Dentre os diversos problemas que a hiperlactação pode ocasionar, é fundamental lembrarmos que ela causa danos tanto à saúde da mãe quanto à do bebê. Para as mamães, a hiperlactação pode gerar mastites muito dolorosas e sérias ao ponto de precisar drenar um possível abscesso.
Ainda, para o bebê, a hiperlactação é igualmente séria, pois pode dificultar o ganho de peso ao longo do período de aleitamento e levar até a um desmame precoce. Além disso, em razão dos engasgos e vômitos frequentes por parte da criança, é possível que aconteça um diagnóstico inadequado da doença do refluxo e, assim, o bebê será medicado com remédios dos quais não necessita.
Existe como evitar a hiperlactação?
O que fazer em casos de hiperlactação é uma dúvida pertinente e a mulher que se encontra com esse problema deve ser muito bem orientada, principalmente para evitar medidas drásticas que acabam piorando a situação.
Existem algumas possibilidades simples de evitar o excesso de produção de leite materno, confira:
- Evitar banhos quentes: a água quente causa a dilatação dos vasos, o que pode estimular a produção de leite materno;
- Usar compressas frias: após as mamadas, é possível colocar compressas frias com gelo para reduzir a lactação;
- Evitar a ordenha excessiva: a ordenha estimula a produção de leite e, quanto mais estímulo, mais leite produzirá;
- Verificar a ingestão de medicamentos que aumentam a produção: é importante que um especialista identifique se algum fármaco ingerido causa a hiperlactação.
Pelo que já deve ter percebido até chegar a essa parte do post, não há um tratamento medicamentoso para a hiperlactação, mas cuidados específicos que precisam ser tomados. O lado positivo de tudo isso é que você não precisará gastar rios de dinheiro para evitar que a hiperlactação continue ou intensifique, basta seguir à risca as recomendações do médico.
O que não fazer em caso de hiperlactação?
Muitas vezes, mais importante do que o que fazer, é compreender o que não fazer, isso porque a um problema reversível e fácil de resolver pode ser tornar muito maior do que é. Em casos de hiperlactação é indicado realizar uma ordenha pré-mamada, principalmente porque o leite desce com maior intensidade.
Em razão dessa força com a qual o leite desce, o bebê pode engasgar e demonstrar outros desconfortos que podem resultar na recusa do leite materno ou na pega incorreta do seio, o que causa fissuras na mãe. Devido a isso, a ordenha deve ser feita com comedimento, apenas para retirar esse fluxo inteiro e oferecer mais conforto durante o aleitamento.
Mas, cuidado, preste atenção: a ordenha é apenas pré-mamada, realizá-la muitas vezes ao dia causará o efeito contrário, dado que, nesse caso, você estará estimulando a produção de leite.
Esse conteúdo sobre hiperlactação foi útil? Esperamos que sim! Não deixe de conferir também nosso post sobre o que não deve ser ingerido durante a amamentação e preze pela qualidade de vida de vocês dois, da mãe e do bebê!
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