Muitos pais, avós, responsáveis e professores podem ter questionamentos sobre o excesso de energia que existem em algumas crianças e, muitas vezes, acabam associando isso ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
É super importante entender que os sintomas dessa condição não se restringem apenas à hiperatividade. Por isso, é preciso que outros fatores sejam levados em consideração para um diagnóstico preciso.
No texto de hoje, você vai aprender quais são esses fatores e como você pode lidar com eles da melhor maneira. Continue lendo para saber.
O que é TDAH?
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda vida. Os sintomas principais que podem ser analisados são os de desorganização, inquietude, comportamento impulsivo, desatenção, entre outros.
Geralmente os primeiros sinais podem aparecer a partir dos 7 anos, a depender do desenvolvimento infantil de cada criança — fase em que diferentes partes do corpo da criança estão em pleno desenvolvimento.
Nesse processo, é comum que os pequenos sintam algumas dificuldades em relação às suas emoções, já que as mesmas só serão desenvolvidas por completo por volta dos 12 anos, e é aí que outra fase ainda mais difícil complexa entra em ação, a adolescência.
Também é relativamente comum presenciar situações em que certos comportamentos causem estranheza nos mais velhos. Mas afinal, será que a sua criança pode ter TDAH? Ou ela apenas está passando por uma fase comum do desenvolvimento infantil?
É estimado que 5% dos adultos tenham TDAH. Muitos diagnósticos são feitos tardiamente, e muitos nem sabem que são hiperativos.
Além disso, o que contribui para a falta de um diagnóstico é a falta de conhecimento dos pais sobre o assunto. Existem casos em que os sintomas são confundidos com manha ou uma má criação, o que não é verdade.
Como em qualquer outro tipo de transtorno, quanto mais rápido for o diagnóstico, mais efetivo será o tratamento. Dessa maneira, fica a critério dos pais, tutores ou professores ficarem atentos aos sinais que a criança pode apresentar. Conheça alguns deles a seguir.
Quais são os sinais da hiperatividade?
A melhor maneira para analisar os principais sinais do TDAH é começar a observar todos os comportamentos da criança. Devido à falta de tempo dos pais, esses comportamentos podem passar despercebidos e, infelizmente, isso tem se tornado mais comum a cada dia.
Confira a seguir alguns sinais que indicam a hiperatividade nas crianças:
Distração
Se a criança derruba ou quebra objetos com frequência, isso pode ser um dos indícios de TDAH. Em diversos casos, a criança perde um pouco a percepção sobre o ambiente, devido à dificuldade de poder identificar os móveis, objetos e degraus do espaço.
Esse sinal pode ser facilmente visualizado, a criança pode apresentar alguns machucados roxos pelo corpo, justamente por acabar batendo em objetos pela casa.
Falar demais
A criança interrompe as conversas e fala sem parar por nenhum minuto. A fala em excesso ocorre devido à busca da criança por querer verbalizar seus pensamentos da maneira mais rápida possível.
Caso isso não aconteça, ela fica suscetível a esquecer o que iria dizer ou sobre o assunto principal.
Agitação
A criança com hiperatividade não consegue permanecer quieta por muito tempo. É comum que eles corram por toda casa, tenham dificuldade para dormir, falam sem parar e mexam nos objetos para conseguir se manter ocupados.
A agitação constante faz parecer que a criança nunca se cansa, além de demandar atenção redobrada dos pais constantemente. Essa agitação, muitas vezes, é confundida com má criação, que faz os pais brigarem com a criança.
Ansiedade
Esse é outro sintoma que pode ser mal interpretado pelas pessoas. A criança sente dificuldade em aguardar filas, realizar atividades da escola, responde perguntas feitas pelo professor para outros coleguinhas, entre outros.
Em muitos casos, o relacionamento com os colegas de classe pode ser prejudicado. Crianças com TDAH tem dificuldade para se enturmar, e devido à ansiedade, desatenção e impulsividade.
Impulsividade
Esse sintoma requer muita atenção dos pais, a criança muitas vezes pode agir com impulsividade em situações perigosas, sem parar para pensar nas consequências.
A criança interrompe conversas no qual não foi chamada, tenta responder sem que a pergunta tenha terminado, corre e pula em lugares inapropriados, entre outros.
O que causa TDAH?
Segundo estudos, a predisposição genética e a ocorrência de mudanças nos neurotransmissores (adrenalina e dopamina) responsáveis por fazer conexões de neurônios no cérebro são as principais causas do TDAH.
Veja outros fatores que podem ter ligação com o TDAH:
- Substâncias ingeridas pela mãe durante a gravidez: Tem sido observado que substâncias como o álcool e a nicotina ingeridos na gravidez podem alterar algumas partes do cérebro do bebê, incluindo a região frontal orbital.
- Complicações na gestação: Estudos mostram que problemas de parto podem estar aumentando as chances de TDAH na criança.
- Exposição ao chumbo: Poucas pessoas possuem o conhecimento, mas crianças que tiveram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas parecidos com o TDAH.
Como o TDAH pode afetar o aprendizado da criança?
Todas as características citadas acima já deixam explícito que o TDAH pode, sim, afetar o processo de aprendizagem da criança. A atenção é um dos principais requisitos para que uma criança consiga absorver todas as informações apresentadas pelo professor.
A falta dela é uma característica que simboliza o quão prejudicial pode ser para o pequeno, já que o mesmo não consegue assimilar todos os conteúdos ensinados. Com o tempo, essa dificuldade e a complexidade dos conteúdos da escola aumentam, o que pode trazer um efeito bola de neve para a aprendizagem da criança.
Outros comportamentos como a falta de paciência e persistência também podem refletir no processo de aprendizagem. É relativamente normal que alguns alunos sintam mais dificuldades que outros em algumas matérias, o que não é comum é que a criança sinta dificuldade em prestar atenção na aula que está sendo ministrada pelo professor.
Muitas pessoas têm o pré-conceito de achar que alunos que apresentem TDAH na escola não tem capacidade para concluir os seus estudos, o que é uma grande mentira. A principal diferença está no tempo que eles precisam para poder passar por todas as etapas, precisando, muitas vezes, de mais repetições para conseguir aprender.
Como lidar com o TDAH em crianças?
O tratamento desse transtorno é feito por meio de medicamentos, que devem ser indicados por um psiquiatra. Os fármacos reduzem a impulsividade e a agitação da criança, fazendo com que ela consiga levar uma vida mais tranquila e principalmente preste mais atenção na escola.
A psicoterapia também pode ser fundamental para conseguir resultados. Ela é focada em mudanças comportamentais por meio de novos hábitos para a criança, dando mais possibilidades para ela enfrentar os obstáculos gerados pela condição.
Além desses tratamentos, é essencial que os responsáveis apoiem a criança durante todo o processo. Uma criação neurocompatível pode trazer diversos benefícios tanto para a criança como para os pais:
- Desperta a criatividade da criança;
- Os pequenos se sentem mais seguros;
- Aumenta o diálogo e respeito;
- A criança passa a respeitar os limites impostos pelos pais.
Esperamos que tenha gostado do texto de hoje. É importante que em qualquer dúvida a respeito sobre o assunto, a busca de um especialista capacitado é sempre bem-vinda.
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