A maternidade é uma fase cheia de novas experiências, algumas mais difíceis, outras mais simples, mas todas oferecem inúmeros aprendizados às mamães de primeira viagem ou mesmo as já experientes. Nem sempre os dias do puerpério são fáceis, a falta do bebê dentro do útero, as responsabilidades de cuidar dessa nova vida, o sentimento de tristeza e culpa por pensar que está fazendo as coisas erradas e muitas outras coisas podem resultar em problemas sérios às mães.
Uma das dificuldades que podem aparecer é o baby blues, também chamado de disforia puerperal. Você sabe o que é o baby blues? Bem, nada mais é do que uma fase na qual a mãe sente uma enorme tristeza após o parto devido aos fatores hormonais e pressão emocional pelos quais a mulher passa, adaptando-se para seu estado anterior à gravidez.
Se você está grávida e tem dúvidas sobre esse estado ou acredita que esteja passando por ele, acompanhe as informações deste post para saber mais. Vamos lá!
Baby blues: sintomas e tratamento
A tristeza puerperal é um quadro de origem principalmente emocional, com características transitórias que pode afetar mais de 80% das mulheres após darem a luz aos seus bebês. Além disso, as mudanças hormonais também contribuem para o quadro, visto que a queda do hormônio estradiol, antes produzida em larga escala, é muito brusca, o que ajuda sentimentos como ansiedade e tristeza a se instalarem.
Os sintomas mais comuns são:
- Dificuldade para dormir;
- Vontade de chorar frequente;
- Sensação de fragilidade;
- Falta de disposição;
- Irritabilidade fácil;
- Pouca confiança em si;
- Tristeza.
A tristeza puerperal é uma fase bem complicada e pode aparecer por diversas causas, algumas gestantes podem ter entrado nesse estado por apenas um motivo ou um conjunto deles.
Causas do baby blues
É claro que cada grávida possui suas particularidades, rotina e psicológico mas, de certa forma, as semelhanças são quase que uma regra nesse processo. Dentro do emocional, as principais causas podem ser:
Parto difícil
Partos complicados quase sempre deixam sequelas psicológicas nos pais, principalmente nas mães. Os questionamentos internos sobre os porquês do parto não poder ser simples e rápido, como o seu corpo não ser capaz de aguentar, ser fraco, entre outras coisas. Além disso, há sempre o medo de que algo de ruim aconteça e se reflita em sequelas para o recém-nascido.
Intercorrência médica
Esse é um dos grandes medos de mães e pais: o recém-nascido precisar de algum procedimento médico para assegurar sua saúde e até mesmo – em casos graves –, sua vida. Mas também pode acontecer com as próprias gestantes. O evento inesperado, a urgência médica em resolvê-lo, a espera pela notícia boa, tudo isso deixa a mãe muito nervosa e pode piorar o seu estado emocional consideravelmente, de maneira que esse fique bem negativo por muitos dias.
Mudança de humor
As oscilações de humor são muito bruscas, normalmente devido a grande pressão que as mães enfrentam, mesmo com a ajuda dos pais sobre as responsabilidades e deveres que envolvem todo o novo universo criado para receber a criança da melhor forma. Assim que sai do hospital, ela chega em casa e encontra por todos os lados pessoas dando palpites e contando histórias horríveis sobre suas experiências ou de terceiros, entre outras situações.
Amamentação complicada
Muitas mulheres possuem dificuldade de amamentar. Pode ser pela pouca produção de leite, pelo bebê não querer pegar o peito, ingurgitamento mamário ou leite empedrado, entre outras condições. Isso é uma grande tristeza para as mães que amam amamentar ou querem conhecer o sentimento, já que a amamentação é considerada uma das coisas “básicas” e primordiais que elas podem fazer por seus filhos.
Vale lembrar que se o leite empedrou pela falta de hábito de tirá-lo ou por medo de ele ser desperdiçado, temos um post completo sobre como armazenar leite materno. Aproveite para incluir isso em sua rotina e os sintomas e a dor do ingurgitamento mamário pode melhorar.
Maiores responsabilidades e falta de tempo
Quando um bebê chega em casa, há tantas coisas a se fazer que quase não sobra tempo para descansar ou fazer outras tarefas simples do dia a dia, como tomar um bom banho. Limpar a casa, amamentar, trocar a fralda, dar banho, organizar suas coisas e, principalmente, descansar são tarefas que parecem impossíveis para um dia de apenas 24 horas. Recém-nascidos precisam de atenção constante e, por isso, as mães ficam muito sobrecarregadas, mesmo quando há grande ajuda do parceiro.
Além disso, pode acontecer da mãe se enxergar de maneira diferente do que era em relação a si ou o parceiro, como ele a vê agora, se ainda há atração pelo seu corpo e pessoa.
Tratamento para a tristeza puerperal
Normalmente, o baby blues não precisa de medicações para sumir, visto que é uma fase passageira, desaparecendo sozinha aos poucos. O que é preciso é continuar com o tratamento com um psicoterapeuta, se assim sentir necessário e for recomendado. Tentar organizar a rotina para que haja mais tempo de descanso e alimentar-se corretamente com uma dieta específica para gestante.
Além disso, é sempre importante ter bom suporte dos familiares e do próprio parceiro, sempre os mantendo atualizados de suas dificuldades para que eles possam te ajudar da melhor forma. E, caso o baby blues tenha surgido pela dificuldade de amamentar, ter assistência na amamentação é um importante passo para a cura, diminuindo o estresse subsequente. Lembre-se de que cuidar de si é tão importante quanto cuidar do seu bebê.
Depressão pós-parto e baby blues: diferenças
A Sociedade Brasileira de Pediatria expõe que a depressão pós-parto é um tipo de transtorno de humor que pode ocorrer logo no início da gestação ou algumas semanas após o nascimento do bebê, geralmente entre a primeira e a sexta semana. Esse transtorno pode perdurar por um ano ou muito mais e é por isso que as lactantes precisam de uma atenção especial de cunho terapêutico.
Sendo assim, a diferença do baby blues é que a depressão dura muito mais, sua intensidade é maior e há muita inconstância, ora ela pode se sentir satisfeita com o que fez, principalmente após dormir ou comer bem, mas também há muita tristeza e ansiedade, que podem, até mesmo, se tornar mais intensos conforme o transtorno avança.
Nem sempre uma mãe passando pelo baby blues desenvolve uma depressão pós-parto. O primeiro, na maioria dos casos, passa depois de duas semanas. Por isso o acompanhamento médico é essencial, assim o profissional poderá observar como anda o quadro, se há melhora ou piora para poder agir na maneira certa e direcionar bem a paciente.
Você conhecia as diferenças desses dois estados? Sabia sobre o baby blues? É importante se informar muito bem sobre cada aspecto da gestação e pós-parto para passar por ambas da melhor maneira possível e com toda a assistência necessária.
E se você quer saber mais sobre puericultura, acompanhe sempre nossas postagens aqui no blog. Há muito conteúdo completo sobre diferentes aspectos que envolvem esse período, assim como dicas para cuidar da saúde dos bebês e muito mais. Até a próxima!

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